A estrutura de radiodifusão brasileira é
regida constitucionalmente pelo princípio
da complementaridade entre os sistemas
privado, público e estatal. A comunicação
midiática do país foi estruturada, historicamente,
com forte predomínio do privado,
enquanto as emissoras públicas ficaram
numa posição subalterna e marginal quanto
a sua representatividade e legitimidade social.
Dados de pesquisa realizada no Brasil
mostram que, embora mudanças estejam
em andamento, as audiências ainda percebem
rádios e televisões públicas como
meios oficiais, de qualidade inferior e, sobretudo,
destituídas de credibilidade. A
partir dessa situação, o texto propõe uma
reflexão sobre os desafios atuais para a
existência das emissoras públicas no contexto
midiático e cultural brasileiro em face
da urgente necessidade que este segmento
tem de reverter a imagem negativa que
possui perante o público. O enfrentamento
desse desafio é condição essencial para que
rádios e televisões públicas possam, em
alguma medida, reinventarem-se perante
o ouvinte/telespectador e assim, justificar
a necessidade de se promover investimento
que garanta a sua existência, permanência
e aprimoramento no ambiente audiovisual
brasileiro.
Autores
Esch, Carlos Eduardo
R. del Bianco, Nélia
Palavras-chave
Radiodifusão,
radiodifusão pública,
meios públicos,
comunicação pública,
Broadcasting,
public broadcasting,
public media,
public communication