As encostas da Serra do Mar do estado de São Paulo, Brasil, apresentam uma alta complexidade na
estruturação do relevo devido às inúmeras variáveis e intensidade para a área verificadas. Possuem
declividades superiores a 30%, podendo chegar a desníveis de 1200 metros em poucos quilômetros e elevado
índice pluviométrico, tornando-a um sistema de intensa dinâmica de processos de formação de relevo, como
deslizamentos e rolamento de blocos. Alinhado a complexidade dos agentes geomorfológicos, existe a ação
antrópica atuante nas encostas, que acarretam em riscos devido à intensificação da erosão. A partir do
entendimento da interação dos sistemas naturais e antrópicos, este trabalho apresenta a gênese e o
funcionamento dos processos geomorfológicos e como estes podem se transformar em riscos para a população.
Entretando as dinâmicas de morfogênese ocorrem de maneira diferenciada na porção setentrional e na área
centro-meridional do litoral paulista, fato facilmente compreendido ao analisar a mudança no lineamento do
Planlato Atlântico e na gênese das praias paulistas. Na região da juzante da bacia do Rio Ribeira de Iguape
há o recuo das escarpas, entretanto os riscos estão associados, devido à baixa declividade, a ocorrencia de
eventos de inundação.